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Watch Dogs

Watch Dogs

Assumimos o papel de Aiden Pearce, na campanha a solo e no modo multijogador.

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Watch Dogs está entre os lançamentos mais esperados dos jogadores desde que foi revelado na E3 do ano passado, e o Gamereactor, obviamente não é exceção. Não é por isso de estranhar que os níveis de excitação estivessem no topo, enquanto chegávamos ao hotel no centro de Colónia para finalmente experimentarmos a campanha a solo e o multijogador do jogo.

Enquanto um RP da Ubisoft descarregava instruções no nosso ouvido, pegámos no comando da PlayStation 4. Finalmente juntámo-nos a Aiden Pearce, enquanto passeava num passeio de uma versão ligeiramente futurista de Chicago. Hacking é obviamente um dos temas principais do jogo e aceder a algumas informações de quem está a passear ao lado é tão simples como pressionar num botão. Mas para conseguirem o acesso total, terão de invadir um dos sistemas centrais da CtOS, para desbloquearem livre acesso nesse sector da cidade.

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À primeira vista, o sistema central parece um armazém banalíssimo, embora com um nível de segurança de topo. Existem muitos aparelhos com que podem interferir, provocando a distração dos guardas, mas como estávamos com pressa, não perdemos tempo com movimentos furtivos. Os guardas, esses, não tiveram hipóteses frente à nossa arma. A ação em si decorre como seria de esperar num jogo na terceira pessoa, com sistema de cobertura. Eficaz, mas nada de impressionante.

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Ao acedermos ao sistema central da CtOS descobrimos uma mecânica interessante ligada às câmaras de segurança. Não conseguimos entrar fisicamente dentro do edifício, mas percorrermos o seu interior navegando através das câmaras. Desde que estejam no campo de visão, podem saltar de câmara em câmara, e foi precisamente isso que fizemos até chegarmos ao núcleo do CtOS, que invádimos e desbloqueámos. Esta espécie de mini-jogo das câmaras parece ser recorrente, já que voltámos a encontrá-lo na missão seguinte. Seguindo os fios de dados da CtOS junto a um prédio, conseguimos ganhar acesso a um dos apartamentos e observar o que se passava lá dentro.

Estes objetivos secundários de Hacking funcionam um pouco como colecionáveis, mas também podem resultar em missões secundárias. Normalmente são ativadas quando estão no sítio certo à hora certa, mas também as podem desbloquear enquanto espiam conversas, como a que mencionámos em cima. Deparámo-nos com uma das mais simples, enquanto visitávamos uma das lojas de armas das redondezas. A loja estava a ser assaltada e, como bons samaritanos, perseguimos o ladrão e tentámos pará-lo - com balas.

Se aceitarem realizar este tipo de objetivos de vigilante, vão receber pontos de reputação, que vão ditar a forma como a população reage à vossa presença. Ganhem uma reputação miserável e os habitantes de Chicago vão chamar a polícia assim que vos reconhecerem. No oposto, se ajudarem os inocentes vão receber auxílio da população. Os produtores deixaram no entanto claro que o sistema de reputação não é exatamente um medidor de bom ou mau, mas será antes algo mais subtil. Ou seja, não será algo que vai prender os jogadores a um estilo de jogo particular.

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Enquanto mudávamos de uma missão secundária para outra, descobrimos uma das funções mais essenciais do jogo - Focus. Isto permite-vos abrandar o tempo e aceder a acessórios com grande rapidez. A diferença para outros jogos com sistemas semelhantes é que este abrandamento não funciona com a condução ou com a ação, mas pode ser utilizado para acionarem vários obstáculos. Enquanto nos habituávamos ao sistema, obtivemos alguns falhanços espetaculares, mas eventualmente apanhámos o jeito e conseguimos executar algumas fugas elegantes.

Quando o nosso tempo com a campanha terminou, experimentámos dois modos para dois jogadores muito interessantes. Ambos funcionavam como encontros de um para um assimétricos, o primeiro a lembrar o multijogador de Assassin's Creed. O objetivo passa por aceder às informações de um jogador sem que este perceba quem é o seu oponente. O truque está na forma como conseguem, ou não, esconderem-se entre a população de NPC. O jogador que está a ser invadido deve depois tentar encontrar e eliminar o invasor antes que o download termine. Quando é descoberto, o agressor só pode tentar fugir da área de jogo designada.

Este modo jogo é dinâmico, por isso pode acontecer a qualquer momento durante as missões da campanha, isto desde que deixem a opção ligada. Como é óbvio, também podem fazer o contrário e tentar invadir o mundo de outro jogador para obterem experiência.

O outro modo que experimentámos para dois jogadores requer que um deles tenha a aplicação de Watch Dogs, que será lançada em simultãneo com o jogo para tablets e smartphones. Através da aplicação, o jogador toma controlo do sistema CtOS de Chicago e deve tentar impedir que o oponente no jogo em si consiga atingir os seus objetivos. O jogador que controla o CtOS terá uma visão do mapa da cidade e pode controlar diretamente os semáforos e outros obstáculos, mas também pode alertar a polícia para a localização de Aiden Pearce. Um helicóptero da polícia também pode servir como os olhos no local.

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O jogador na consola ou no PC terá acesso às habilidades normais de Aiden, mas terá de ter cuidado com a sua atividade nas ruas. Se prejudicarem inocentes vão aumentar o nível de procurado, o que permite ao outro jogador enviar mais polícia ao seu caminho.

A aplicação terá um propósito secundário, mas parece ser divertida. Além disso será distribuída gratuitamente e funciona em todas as plataformas. A aplicação também permitirá uma lista de amigos específica e a criação de desafios, que podem depois partilhar com outros utilizadores.

Estes dois modos online destacam-se entre as opções semelhantes de outros jogos, pelo que a Ubisoft está de parabéns neste aspeto. Ainda assim, resta saber por quanto tempo este tipo de atividades vão conseguir prender o jogador. Apesar da campanha ser o ponto de interesse principal, queremos explorar mais a fundo estes modos multijogador.

O tamanho e a aparência da cidade são impressionantes, mas ficou evidente que o jogo ainda precisa de algum trabalho. Esta versão que experimentámos tinha vários problemas, sobretudo em relação aos NPC, que ficaram presos em alguns objetos ou reagiaram mal a certos eventos. Infelizmente o tempo limitado com o jogo não nos permitiu explorar a cidade como desejaríamos.

Esta sessão com Watch Dogs deixou-nos impressionados, mas também algo preocupados. A julgar pela demonstração, ainda faltam muitos afinamentos para a Ubisoft fazer até ao lançamento, daqui a três meses. Mas continuamos esperançados que tudo se resolva a tempo e que em novembro sejamos presentados com um jogo memorável.

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