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Mario Kart 8

Mario Kart 8

Voltámos a experimentar o grande exclusivo da Wii U para a Primavera, mas muito do jogo continua no segredo dos deuses.

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Reparámos por exemplo em quatro taças escondidas, além das quatro que podemos experimentar agora, e o ecrã de seleção de personagens disfarça vários pilotos por trás de pontos de interrogação, que devem desbloquear conforme avançam no jogo. Não conseguimos experimentar, mas pelo menos ouvimos falar da nova opção para editar as repetições das corridas e criar montagens em vídeo para a nova Mario Kart TV.

Mas isso tudo ficará para descobrir mais tarde. O que agora podemos experimentar são as quatro primeiras taças, cada uma com quatro pistas. Entre o elenco de piloto dá para perceber que este será possivelmente o jogo da série com mais personagens, mas isso é algo irrelevante para a nossa sessão, porque já escolhemos Yoshi como o nosso piloto de eleição. O jogo também vai incluir opções para personalizar os veículos e claro, multijogador para até quatro jogadores.

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Isto foi suficiente para nos entreter durante a nossa sessão de três horas com o jogo. Connosco estão mais três jornalistas, cada um praticamente com um comando diferente; um GamePad, um Controller Pro e dois Wiimote. Pela nossa experiência o segundo é claramente o mais confortável e eficaz para este jogo. Os gatilhos e os botões frontais são simplesmente mais instintivos no Controller Pro, não tanto no GamePad. O Wiimote permite conduzir com o sensor de movimentos, mas sinceramente, isso parece mais uma desvantagem que uma vantagem (mas podem desativar a opção). O GamePad tem o bónus de permitir jogar a partir do seu pequeno ecrã, mas se tiverem uma boa TV, mais vale manter olhar para ela, porque Mario Kart 8 faz exatamente o que esperávamos de um exclusivo da Nintendo - deslumbra.

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O jogo tem um aspeto muito limpo e definido. No modo de quatro jogadores em ecrã dividido não vão ter espaço - nem tempo - para reparar na beleza dos cenários, mas são impressionantes. À imagem de Super Mario 3D World, a Nintendo optou por cores vivas, em detrimento de detalhe excessivo, o que significa que Mario Kart 8 vai encher a vossa televisão com céus azuis lindos, poças com reflexos, estádios cheios, montanhas no horizonte e até fogo de artifício. Dica: se são fãs da Nintendo, vão adorar Rainbow Road.

A nova mecânica anti-gravidade permitiu aos criadores tentar uma abordagem a lembrar F-Zero com algumas das pistas; se jogarem a solo vão reparar como as pistas disparam em direção ao céu e se inclinam no horizonte. A adição desta função de anti-gravidade parece-nos bem mais proeminente que a introdução do planador ou do Hovercraft para a água, não só visualmente mas também em termos de jogabilidade. Se chocarem com outro piloto no momento certo, enquanto estão no modo anti-gravidade, vão ganhar velocidade, o que significa que com algum treino podem aproveitar isso para ganhar terreno.

Mario Kart 8Mario Kart 8

A adição da anti-gravidade é muito bem vinda, mas na nossa opinião, não é aproveitada o suficiente. As quatro taças que ainda não vimos podem desmentir-nos, mas as que experimentámos durante esta sessão de jogo estão cheias de pistas "clássicas" que apresentam pouco em termos de design que aproveitem as novas características da jogabilidade. Depois de correrem nas melhores pistas torna-se algo aborrecido voltar aos circuitos tradicionais, como Moo Moo Meadows ou Dry Dry Desert. São pistas que já conhecemos, mas queremos algo novo.

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Até mesmo as novas armas e itens são suficientes para afastar a sensação exagerada de familiaridade que temos nestas pistas, mas existem alguns brinquedos engraçados. Um dos novos itens, por exemplo, é o bumerangue, que vai a direto para trás ou para a frente antes de voltar a quem o atirou. Outro item novo é a planta carnívora, mordendo inimigos ou itens que se atrevam a aproximar. Também vão encontrar alguns power-ups clássicos, como as carapaças das tartarugas, as bananas e os cogumelos que permitem ativar o turbo.

Mario Kart 8

Em resumo, este é obviamente o Mario Kart mais visualmente apelativo de sempre e tem algumas boas ideias na jogabilidade, mas é preciso que as pistas que ainda não vimos tirem melhor proveito disso mesmo. De resto, tem o mesmo espírito competitivo (tragam o jarro dos palavrões) para o multijogador e alguns cenários familiares. É um misto de novo, velho e emprestado.

Mario Kart corre um pouco o risco de se tornar numa espécie de 'Best of' que aparece uma vez por geração, mas a Nintendo tem a oportunidade de quebrar essa tendência com Mario Kart 8. As novas ideias parecem-nos mais interessantes que a atualização gráfica, por muito bom aspeto que o jogo tenha em alta definição. Esperamos que consigam respeitar o passado glorioso da série, mas sem se esquecerem de olhar para o futuro.

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