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Humankind

Humankind - Reescrever a Humanidade

Jogámos uma boa porção deste jogo de estratégia ambicioso.

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Como tantos outros títulos, também Humankind foi alvo de adiamentos por causa da pandemia, mas tudo indica que a data de lançamento mais recente - 17 de agosto - é mesmo para cumprir. Aliás, o jogo está tão bem encaminhado que a Amplitude Studios até se sentiu confortável para nos deixar jogar uma boa porção, e o que vimos foi um jogo praticamente completo.

Humankind é um jogo categorizado como "estratégia 4X". Se não sabe o que isso significa, são jogos focados em quatro "X": eXplorar, eXpandir, eXtrair, e eXterminar. Isso aplica-se perfeitamente a Humankind, já que aqui terá a oportunidade de reescrever a História da humanidade utilizando expansão de territórios, diplomacia, e combate. Humankind também utiliza um sistema à base de turnos, à semelhança de outros jogos como Civilization.

O jogo vai arrancar no período neolítico, perto da altura em que a humanidade começou a assentar e a explorar conceitos de agricultura. A campanha está estruturada em Eras, e cada uma terá os seus próprios objetivos a cumprir. No caso do período neolítico, o objetivo do jogador passará por expandir o tamanho e a capacidade da tribo, visitando algumas Curiosidades espalhadas pelo mapa. Pelo caminho irá descobrir comida, essencial para aumentar a população, e ainda recolher recursos e conceitos científicos que darão acesso a novas tecnologias.

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Para avançar para a Era seguinte terá primeiro de receber as Estrelas necessárias, que neste caso serão conquistadas depois de aglomerar quatro tribos diferentes e derrotar dois tipos de animais distintos. Este é um dos fatores que distingue Humankind de outros jogos semelhantes - o facto de ser obrigatório atingir um número específico de Estrelas para avançar. Contudo é importante realçar que, mesmo depois de conquistar essas Estrelas, não é obrigado a transitar de imediato para a Era seguinte. Se tiver outros objetivos que deseje cumprir, pode permanecer nessa Era.

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Outro ponto que distingue Humankind dos demais é a classificação de Fama, o que basicamente determina o quão ativa uma civilização tem sido ao longo da campanha. Não é necessariamente uma das condições de vitória, mas se um jogador estiver a ganhar Estrelas adicionais, a construir Maravilhas Mundiais, e a descobrir Maravilhas Naturais, entre outras atividades, a sua Fama irá aumentar, e as suas hipóteses de sucesso também.

Sempre que mudar de Era terá a oportunidade de escolher uma Cultura, que estão também associadas à Era em si. Por exemplo, na Era Antiga poderá escolher entre Egípcios, Babilónios, e Micênicos. Na Era Clássica poderá selecionar entre Romanos, Hunos, e Maias, e assim por diante. Cada Cultura tem vantagens e desvantagens quem a definem, incluindo unidades e tipo de edifícios próprios. Umas são melhores em combate, outras em planeamento, e algumas preferem diplomacia. Ao mudar de Era e de Cultura, poderá ainda reter algumas características da Cultura anterior, criando civilizações únicas. Isto pode ser feito seis vezes, já que existem seis Eras distintas não contando com o período neolítico: Era Antiga (ou de Bronze), Era Clássica, Era Medieval, Era Moderna, Era Industrial, e Era Contemporânea. Com dez Culturas por Era, é fácil imaginar o tipo de liberdade que existe para moldar uma civilização.

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No que diz respeito à construção da civilização, Humankind não foge assim tanto da norma. Existem cidades que pode expandir, construindo edifícios e distritos ao longo de vários turnos. Nada de particularmente diferente ou impressionante, e o mesmo pode ser dito da árvore de tecnologia - seleciona o que pretende evoluir, e alguns turnos depois poderá receber os frutos. Mas tudo parece bem feito, e o facto de ser familiar não é exatamente negativo, já que permite a qualquer fã do género entrar facilmente em Humankind.

Já o combate é um pouco diferente. Terá acesso a diferentes exércitos, que pode comandar durante determinado número de ações por turno. O nosso maior problema com a estrutura do combate está no quão óbvio é o resultado de uma batalha antes de ele acontecer, já que as estatísticas e as informações mostram de forma bastante razoável como dois exércitos se equiparam. Se o jogo disser que a vitória ou a derrota é provável, pouco poderá fazer para mudar esse resultado.

O sistema de diplomacia parece ser um dos grandes focos da Amplitude Studios, embora possam estar a exagerar um pouco no seu nível de complexidade. A nossa sessão de jogo não foi suficiente para testar este lado do jogo mais a sério, mas do que vimos parece ser também a componente que ainda precisa de mais afinamento. Um pormenor engraçado é que Humankind permite criar um avatar para o jogador, que muda para acompanhar a temática das Eras e das Culturas.

Ainda existem algumas arestas por limar, mas é óbvio que Humankind está já na fase final de produção, e o que vimos deixa grande promessa. Resta saber se será capaz com todo o potencial mostrado, quando chegar a 17 de agosto.

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