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Humankind

Humankind - Preview

Se gosta de jogos para construir impérios, preste atenção a Humankind.

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Humankind

Parece que estamos prestes a entrar numa espécie de Era dourada de jogos de estratégia "4X". A Paradox lançou Imperator: Rome, Crusader Kings III está a caminho, Old World entrou em acesso antecipado, e Civilization VI continua em excelente forma com o novo conteúdo. Mas também temos este Humankind, da Amplitude Studios, que pode vir a ser o melhor do grupo.

Passámos cerca de uma manhã inteira a jogar uma versão em desenvolvimento de Humankind, e foi com grande pena que tivemos de parar de jogar. Os temas de Humankind não são necessariamente novos, mas são apresentados de forma um pouco diferente do habitual, e uma das maiores novidades de Humankind está na mistura de culturas. É que à medida que avança através das eras, pode adotar diferentes traços culturais, com variações de quase um milhão de possibilidades. Em vez de mudarem a direção da sua civilização, estas novas ideias são simplesmente assimiladas ao que já tem, permitindo modificar certos aspetos culturais e tecnológicos. Infelizmente uma manhã não foi suficiente para explorar a fundo este sistema, mas conseguimos ter uma boa ideia de como funcionará a primeira Era.

Ao todo tivemos acesso a 60 turnos para explorarmos a primeira Era sem limitações. O nosso plano de ação passou pela expansão da capital através de novas infraestruturas e maior produtividade. Jogámos com o Antigo Egito, e depois de melhorarmos as nossas estruturas militares, invadimos os vizinhos Babilónios, mas mesmo com todo o nosso esforço, tivemos de recorrer a mercenários para cumprirmos os nossos planos e roubarmos os seus bens preciosos.

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Em Humankind terá a hipótese de expandir a sua fronteira de várias formas, incluindo a que acabamos de descrever - força bruta. Existem, contudo, territórios que não pertencem a ninguém, e que pode reclamar construindo lá um posto - mas prepare-se para o defender. Para isso vai precisar de dinheiro, de forma a criar uma ligação eficaz entre esses postos e a sua capital, para que possa expandir essas zonas. Depois de eventualmente tomarmos controlo de tudo o que estava ao nosso redor, decidimos expandir horizontes.

Embora funcione por turnos, Humankind tem uma fluidez de jogo que é atípica para o género, e que dá maior dinamismo e vida ao mapa de jogo. É uma experiência orgânica, que permite aumentar o Império à medida que toma controlo de territórios e recolhe os seus recursos. As zonas mais afastadas vão criando uma ligação maior às suas cidades, sobretudo se as suportar e permitir o seu crescimento, mas gastar recursos em algo muito afastado pode ser um risco que convém ser minimamente calculado.

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Quando dois exércitos opostos se encontraram tivemos a oportunidade de ver a abordagem distinta do estúdio ao combate, com maior nuance e subtileza que noutros jogos. O combate realiza-se numa grelha hexagonal, e embora os primeiros confrontos tenham sido de um contra um, as nossas batalhas mais avançadas já incluíam várias camadas, como um exército formado por quatro grupos, mais três de apoio, compostas por carroças, arqueiros, e guerreiros, entre outros tipos de unidades. O combate será dividido em batalhas de três turnos, e parece oferecer alguma liberdade de manobra, mas esta componente do jogo ainda está a ser afinada e definida.

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À semelhança de outro jogos da Amplitude, irá encontrar um mapa com indicações de vários tipos de recursos, como comida, indústria, dinheiro, e ciência. Com estes dados poderá tomar decisões mais informadas acerca de como pode gastar melhoramentos, e de que forma pode especializar cada cidade. Durante o nosso tempo com o jogo conseguimos desenvolver várias cidades de forma eficaz, que conseguiam manter bons níveis de produtividade, de melhoramentos, e de geração de unidades. Antes do final da demo percebemos o quão massiva é a lista de desenvolvimentos possíveis, permitindo uma jogabilidade muito variada.

Quando parámos de jogar, o nosso Império estava numa fase de crescimento impressionante, mas como já referimos, o mais impressionante foi a forma orgânica como tudo se desenvolveu. Desde a construção de monumentos, à fundação de religiões, tudo contribuiu para uma última pontuação que ilustrou de forma perfeita o nosso progresso. Enquanto a visão afastada do mapa mostrava o nosso domínio quase absoluto da área, uma aproximação a certas zonas permitia ver informações mais específicas e detalhadas. Tudo isto com um estilo bastante elegante e de fácil leitura, que mostra toda a experiência da Amplitude Studios com o género.

Como referimos no início do artigo, gostámos muito do tempo que passámos com Humankind, e se pecou por alguma coisa, foi por escasso. A concorrência é apertada, e o jogo precisa claramente de ser afinado em algumas áreas, mas o seu potencial para deixar marca no género é inegável, até porque só vimos uma amostra muito pequena do que o jogo tem para oferecer em termos de civilizações, Eras, culturas, e possibilidades.

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