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Hey! Pikmin

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Os pikmin chegam pela primeira vez à Nintendo 3DS, e com muitas mudanças na fórmula clássica.

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Pikmin 3 chegou à Wii U há quatro anos, e foi um regresso muito saudoso dos pequenos pikmins. A série, estreada em 2001 na Gamecube, demonstra um grande potencial, e acreditamos que a Nintendo podia fazer mais com Pikmin. É quase chocante que só agora, em 2017, apareça o primeiro jogo da saga para Nintendo 3DS, pela mão da Arzest. A nova produtora, com a supervisão da Nintendo, tentou oferecer uma perspetiva diferente à fórmula clássica de Pikmin, ainda que sem grande sucesso.

Num esforço de enquadrar Pikmin numa experiência mais própria de uma plataforma portátil, a Arzest trocou a jogabilidade de estratégia em tempo real para algo mais próximo de um jogo de plataformas 2D. Dito isto, as fundações da premissa original e os temas narrativos ainda estão bem presentes. O bom velho Capitão Olimar voltou a despenhar-se num planeta estranho, e para reparar a nave precisa de 30 mil unidades de Luminum. Mais uma vez terá de recorrer à ajuda dos pikmin, que além de contribuírem para encontrar peças de Luminum, também permitem descobrir vários segredos espalhados pelos níveis.

Os controlos são bastante intuitivos, perfeitamente adaptados ao formato portátil. Vão mover Olimar com o analógico esquerdo, mas interagem com a interface e o mundo utilizando o estilete e o ecrã tátil. Entre as opções de ações têm o apito essencial, que chama os pikmin, e um foguete nas costas para chegarem a plataformas mais elevadas. Para comandarem os pikmin basta tocar no objeto ou direção que pretendem, no ecrã tátil, e eles irão rapidamente.

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Cada nível inclui três objetivos secretos e 20 pikmin para descobrirem, escondidos em arbustos, plataformas, e outros locais - alguns esperados, outros inesperados. Claro que também existem várias criaturas enormes, que não desejam mais nada do que devorar os pikmins, mas os que terminarem o nível serão enviados para um "parque" especial de pikmin. Nesse parque todos os pikmin trabalham em conjunto para encontrarem mais peças de Luminum.

Hey! Pikmin

Ao progredirem pela aventura vão encontrar vários tipos de pikmin, com várias funções distintas, devidamente identificados por cores. Os pikmin azuis são ideais para trabalharem na água, os amarelos são resistentes à eletricidade, e assim por diante. É tudo muito simples e acessível, talvez até um pouco em exagero. Que a jogabilidade seja acessível, e as mecânicas intuitivas, parece-nos excelente, mas gostaríamos que o design fosse um pouco mais exigente. Mesmo a localização dos colecionáveis acaba por ser algo fácil.

Cada área de jogo divide-se em quatro níveis obrigatórios e um boss, mas existem níveis bónus para desbloquear, e se tiverem amiibos, terão acesso a níveis exclusivos. Não esperem, contudo, algo de muito especial, pelo contrário. Os níveis em si foram desapontantes, e serviram antes para ganhar mais unidades de Luminum, mas talvez seja melhor assim. Se os melhores níveis fossem os dos amiibos, seria extremamente injusto para quem não investe nas figuras.

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O elemento que mais se destacou no design dos níveis foram as batalhas com os bosses, sobretudo pelo desafio que apresentaram. O primeiro foi bastante fácil de derrubar, mas o jogo tem um crescendo notório em termos de dificuldade dos bosses, que permitiram finalmente desfrutar de um desafio digno. Uma palavra ainda para o valor de repetição, que é algo irrelevante. Se procurarem, podem achar todos os colecionáveis à primeira, o que retira incentivos para repetir os níveis. Existem outros jogos de plataformas na consola, como Yoshi's Wooly World, que conseguiram apresentar algo bem mais interessante e re-jogável.

Também temos algumas queixas em relação ao grafismo. Existe alguma variedade temática entre as áreas, mas o jogo não apresenta um nível de detalhe dentro do que estamos habituados dos exclusivos 3DS, nem está tão polido. Mais uma vez, já vimos outros jogos da consola fazerem mais e melhor no departamento audiovisual.

Hey! Pikmin não é um mau jogo, longe disso, é divertido, mas esperávamos muito mais depois de uma ausência de quatro anos. O primeiro jogo da saga na 3DS merecia mais, e os fãs da série mereciam mais. O grafismo algo desapontante e o design pouco desafiante deixam-no para trás em termos de alternativas ao género. Esperemos que não seja necessário esperar mais quatro anos por outro Pikmin, de preferência na Switch.

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07 Gamereactor Portugal
7 / 10
+
Jogabilidade intuitiva. Mecânicas interessantes entre os pikmin. Banda sonora agradável. Batalhas divertidas contra bosses.
-
Desafio reduzido. Gostaríamos de algo um pouco mais detalhado. Níveis com amiibos não acrescentam valor. Níveis repetitivos.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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ANÁLISE. Escrito por Fabrizia Malgieri

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