Quer seja um fã de League of Legends ou não, é difícil ficar indiferente a tudo o que a Riot Games tem feito ultimamente em torno do universo do seu popular MOBA. Desde a série Arcane no Netflix, ao RPG Ruined King, tem sido impressionante ver a expansão de LoL para além das suas bases. Hextech Mayhem, lançado em novembro do ano passado para PC e Switch, é mais uma proposta saída do universo de LoL, e é bastante divertida.
Hextech Mayhem assume-se como um runner rítmico com jogabilidade 2D. O que isto significa em termos práticos é que a personagem corre sempre sem parar, da esquerda para a direita do cenário, e o jogador deve tentar controlá-lo seguindo o ritmo indicado. É um jogo bastante básico em termos de jogabilidade, onde simplesmente deve apertar o botão certo na hora certa, tentando alcançar a melhor pontuação possível.
Desenvolvido por Choice Provisions, Hextech Mayhem irá colocá-lo na pele do Campeão Ziggs que irá viajar através de Piltover, causando o caos num esforço para criar a bomba perfeita. Mas, como Ziggs é efetivamente um criminoso, ele costuma estar sob o olhar atento do colega Heimerdingerk, que também é um Yordle, a mesma espécie que Ziggs. Heimerdinger está a utilizar a sua experiência em engenharia para criar uma invenção capaz de parar a onda de caos causada por Ziggs.
Considerando que se trata de um runner rítmico, ficámos surpreendidos com a qualidade do guião e da narrativa de Hextech Mayhem, frequentemente apresentada por meio de várias sequências cinemáticas e diálogo, expandido a relação entre os dois Yordles. É jogo bem-humorado, leve e divertido, que ajuda a transformar a experiência básica em algo um pouco mais envolvente, independentemente de conhecer ou não o universo de League of Legends.
A jogabilidade em si é fluida, com controlos simples mas eficazes. Não é um jogo complexo ou desafiador, pelo contrário, parece ser mais difícil falhar do que ter sucesso. O incentivo por isso não passa tanto por terminar os níveis, mas antes por obter boas pontuações. Basicamente terá de acertar nos botões certos quando forem solicitados, seguindo o ritmo dos níveis, mas pode 'sair' desse ritmo para apanhar itens e colecionáveis. Quando atinge algo que não devia, Ziggs fica a flutuar até que atinja um botão certo novamente. Ou seja, é literalmente impossível não terminar os níveis a menos que desista ou recomece.
Ou seja, tem a rota principal para seguir, indicada pelo ritmo, e se a acompanhar estará mais próximo de terminar com boa pontuação, mas também existem três tipos de engrenagens colecionáveis em cada nível. As engrenagens bronze são necessárias para desbloquear os níveis seguintes, as engrenagens azuis permitem as três máquinas obrigatórias para enfrentar Heimerdinger, e as engrenagens prateadas são usadas para desbloquear novos fatos para Ziggs. Ou seja, é obrigado a jogar de forma a tentar apanhar a maioria destas engrenagens.
E isso é praticamente tudo que há para saber sobre Hextech Mayhem. Irá correr através de níveis, sincronizado com a batida da música, recolhendo engrenagens ao longo do caminho. É simples, direto, divertido, e realmente viciante. E é por isso que também ficámos algo desiludidos com o quão curto é. Conseguimos terminar a história em cerca de duas horas, e não existem muitos motivos para voltar a repetir os níveis, exceto para apanhar engrenagens que tenham ficado para trás, ou para melhorar a pontuação. Parece-nos que seria o jogo ideal para uma estrutura "live service", no sentido de ser reforçado regularmente com níveis novos, porque a jogabilidade é boa e o ambiente é divertido.
Mas a verdade é que por € 8,99 não se podia pedir muito mais. Existe um incentivo adicional para quem é fã da Riot e de League of Legends, mas qualquer jogador que aprecie jogos estilo runner e rítmicos poderá divertir-se durante algumas horas com Hextech Mayhem.