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Destiny: The Dark Below

Destiny recebeu finalmente a sua primeira grande expansão, mas esperávamos mais de The Dark Below.

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Destiny estava a precisar desta expansão. A fórmula que o 'End-game' promove, de repetir os mesmos Strikes e Raid numa caça ao espólio, começava a ser francamente cansativa e esmagadora. O facto de já levarmos bem mais de 100 horas de jogo e mesmo assim estarmos ainda muito longe de sonharmos com os ranks mais elevados, é francamente assustador.

A jogabilidade momento a momento, a beleza dos tiroteios e os super-poderes fantásticos, tudo se une para assegurar que Destiny é, apesar de tudo, uma experiência de topo. Mas por muito que esse apelo se mantenha e nos tenha agarrado durante semanas a fio, a repetição interminável do mesmo conteúdo começa já a deixar marcas de cansaço na nossa experiência. Era preciso algo novo que injetasse vida no jogo e foi isso que a Bungie nos deu com The Dark Below.

No que toca a expansões deste género, The Dark Below parece-nos um pouco caro. Se comprarem a expansão avulso terão de pagar € 19.99, mas também podem adquirir o Season Pass (que inclui a próxima expansão) por € 34.99, poupando cinco euros ao todo. Parece-nos um preço algo exagerado, sobretudo porque a expansão não é tão rica como esperaríamos.

O conteúdo de história, composto por missões que vos vão levar a localizações novas (em áreas gerais que já conhecem), é decente. Como acontece com o resto do conteúdo no jogo original, estas missões podem ser completadas a solo ou em grupo. Vão receber as novas tarefas a partir da Tower, pela nova personagem Eris Morn e à semelhança de outras personagens do mesmo tipo, poderão evoluir a vossa reputação com a mesma enquanto cumprem missões em seu nome.

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O grosso da expansão concentra-se na procura de uma personagem chamada Omnigul, de forma a impedir a ascensão da Crota, enquanto cumprem missões na Terra e na Lua. Considerando que é uma expansão, a variedade do conteúdo presente parece-nos razoável. O facto de não existir nenhum Ghost a chatear-nos para o proteger enquanto carrega ou abre algo, é por si só uma boa mudança de ritmo. Ainda assim, gostaríamos de ter visto mais localizações novas, ou considerando que tudo se passa em zonas que já conhecemos, podiam ter inserido mais algumas missões.

Este problema é ainda mais grave se jogarem na Xbox One ou na Xbox 360. O segundo Strike da expansão, baseado em Marte, é bom, mas é exclusivo para jogadores de PS3 ou PS4. Considerando o preço, a versão PlayStation parece-nos ter pouco conteúdo, e isso é obviamente ainda pior se jogarem com as versões de Xbox.

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A expansão também introduz três novos mapas para o modo competitivo, aliás, uma boa parte do nosso tempo com a expansão foi passado no Crucible. Skyshock, na Old Russia, foi o mapa que mais nos surpreendeu das três opções - sobretudo porque oferece muitas oportunidades para os jogadores utilizarem os veículos. O mapa também consegue combinar batalhas intensas em ambientes mais fechados.

Os outros dois mapas, Cauldron e Pantheon, são mais pequenos, mas igualmente relevantes, mais focados em equipas menores ou incursões a solo. Como acontece com a campanha, gostámos da qualidade dos mapas para o Crucible, mas não se perdia nada se a Bungie tivesse incluído mais um ou dois mapas.

Entre este conteúdo vão encontrar muito equipamento novo para recolherem. Ter novas armas e armadura é sempre um grande atrativo, mas surpreendeu-nos a forma como estes novos espólios determinam que todo o equipamento pré-expansão fica obsoleto, já que não pode ser evoluído além do nível 30. Para obterem o melhor equipamento terão naturalmente de se focar no novo Raid, Crota's End.

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A Bungie afirmou vezes sem contas que o ponto alto de The Dark Below seria o Raid, o que nos parece natural, considerando que o melhor conteúdo do jogo original também era The Vault of Grass. De momento apenas está disponível a dificuldade normal - a dificuldade superior só será disponibilizada em janeiro - e na nossa opinião, esta é a melhor missão de todo o jogo. Para ultrapassarem Crota's End, os seis membros da equipa terão de trabalhar em conjunto, o que pode ser uma experiência muito recompensadora quando resulta - não só em termos de dever cumprido, mas também pelos espólios que recebem no fim do Raid.

Crota's End pareceu-nos ser um pouco mais fácil que Vault of Glass, e é definitivamente mais curto, mas também é bastante intenso e divertido. Neste Raid terão de pensar um pouco mais em táticas e em formas de resolverem o problema como uma única unidade, embora muito do Raid envolva naturalmente disparar contra inimigos.

Para acederem a Crota's End terão de trabalhar arduamente e repetir muito conteúdo para evoluírem o suficiente de forma a ganharem acesso ao Raid - mesmo com toda a facilidade que existe atualmente, graças aos novos itens que podem ser adquiridos nos vendedores na Torre, em atingir nível 30 ou 31. É assim que os MMO funcionam normalmente, mas é a própria Bungie que defende que Destiny não é um MMO sim um FPS em mundo partilhado. Se assim é, gostaríamos que a Bungie perdesse estes (maus) hábitos do género MMO. Ter de repetir conteúdo vezes sem conta para acedermos a outro conteúdo não nos parece a solução mais divertida para um jogo deste género.

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The Dark Below causou-nos um misto de emoções. Por um lado gostámos bastante de algumas missões, mas não existem em número suficiente. As novas peças e armas são fantásticas, mas a forma como basicamente negam o equipamento anterior - que passámos horas e horas a tentar apanhar e evoluir - é excessivamente duro. Os mapas do Crucible são brilhantes, mas tal como as missões a solo, parece-nos escassos para o preço do DLC. E por último, o Raid é fantástico, mas o processo obrigatório para lá chegar pode ser um exagero para alguns jogadores

Destiny dividiu muitas opiniões quando foi lançado em setembro. O jogo tem obviamente muita qualidade e se o entusiasmo gerado à sua volta não correspondeu à realidade, acreditamos ainda assim que é um dos melhores jogos do ano. Com The Dark Below temos mais reservas. É uma boa expansão, sem dúvida, e se não conseguem parar de jogar Destiny, é uma compra obrigatória (uma que provavelmente já fizeram). Parece-nos porém que deveria ter oferecido um pouco mais para o preço que pede.

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07 Gamereactor Portugal
7 / 10
+
Parte do novo conteúdo é boa. Espólios interessantes. Mapas multijogador são fantásticos. O novo Raid é bastante bom.
-
Devia ter mais contéudo novo. Preço exagerado. As novas armas e equipamento tornam as versões antigas obsoletas.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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