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Destiny: House of Wolves

Será a nova expansão a solução para revigorar o FPS da Bungie?

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Duas questões pertinentes surgiram enquanto testávamos a nova expansão de Destiny, House Holves. A primeira foi: "é melhor do que a primeira expansão, The Dark Below?" E a segunda: "é boa o suficiente por mérito próprio?" As respostas, respetivamente: sim e s... im, mais ou menos.

House of Wolves é uma expansão que injeta alguns modos novos em Destiny, que o jogo claramente necessitava e que complementam bem o conteúdo que já existia. A ausência de um novo Raid causou alguma surpresa entre os jogadores, mas como isso já tinha sido acrescentado em The Dark Below, a nova expansão concentrou-se noutras alternativas para os jogadores de nível máximo. O primeiro é um modo PvE, onde uma equipa tem de enfrentar vagas de inimigos controlados pela inteligência artificial. O segundo modo surge na forma de um torneio PvP, onde duas equipas de três jogadores batalham até à morte. Ou seja, desta vez a Bungie concentrou-se nos grupos para três elementos.

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Isso podem ser boas ou más notícias, dependendo do tipo de jogador que são. As más notícias é que os Raids estarão entre as atividades favoritas de muitos jogadores, e a sua ausência da expansão deixou vários guardiões descontentes. A Bungie já prometeu entretanto o lançamento de um novo Raid ainda em 2015, mas não revelou de que forma irá disponibilizar esse conteúdo.

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As boas notícias é que este maior foco em grupos de três jogadores vai ao encontro das necessidades de jogadores com poucos amigos no jogo, o que lhes dificulta a participação nos Raids. As novas opções principais, Prison of Elders e Trials of Osiris, merecem também destaque por cobrirem as duas vertentes do jogo - PvE e PvP - e por oferecerem algo notoriamente diferente do que veio antes.

Prison of Elders é um modo para três jogadores, com diferentes camadas de dificuldade dependendo do nível do grupo. A alternativa para níveis 28 suporta emparelhamento automático e pode ser conquistado com relativa facilidade. Quanto ao níveis 32, 34 e 35, não suportam emparelhamento (têm de criar um grupo de três elementos com amigos), e marcam um aumento significativo no desafio, mas também nas recompensas. O conceito é o mesmo, independentemente do nível, enquanto os jogadores tentam sobreviver a vagas de inimigos controlados pela inteligência artificial.

Existem algumas arenas disponíveis em Prison of Elders, cada uma indicada para um tipo de inimigo distinto. Também existem alguns objetivos específicos, mas são bastante simples, como eliminar um inimigo ou proteger um local. Não é um modo muito variado, mas oferece algo que ainda não tínhamos visto em Destiny e que é uma boa adição às rotações de Heroic Strikes e Raids.

Ficámos mais impressionados com Trials of Osiris. É um torneio semanal, que promove algumas batalhas intensas de PvP, e que vem injetar nova vida à vertente competitiva de Destiny, que até agora tem sido algo esquecida. Como acontece com Iron Banner, o equipamento que levam para a arena pode fazer toda a diferença. Este é um modo indicado para jogadores de nível 34, com armas e armaduras superiores, já que num confronto de três contra três, todos os detalhes contam.

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Cada competição é uma luta até à melhor de nove, e as duas equipas têm muitas oportunidades para mudarem de tática e tentarem surpreender o adversário. Variáveis, como as habilidades inimigas, a sua utilização, e quem agarra a munição pesada, são elementos que devem preparar e antecipar para terem sucesso em Trials of Osiris. Têm uma rede de segurança que dura até às três derrotas (quatro, se conseguirem um item que nega uma das derrotas), mas quantas mais vitórias conseguirem até às três derrotas, melhores serão as recompensas. Podem ganhar várias peças de armadura e armas lendárias, e existem muitos incentivos para voltar e tentar chegar à apetecível nona vitória.

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Enquanto que Trials of Osiris é um excelente modo para os amantes de PvP, e Prison of Elders acrescenta uma agradável peça à rotação dos jogadores de PvE, o restante conteúdo de House of Wolves é menos entusiasmante. Existem algumas missões novas de história, que promovem visitas a locais já conhecidos pelos jogadores. Considerando o preço do DLC, esperávamos mais destas missões. Existem alguns rasgos de originalidade, mas a sensação de déjà vu é tremenda. O pior de tudo? Vão visitar o mesmo sítio em duas das missões, mas em direções opostas. Para sermos justos, é preciso dizer que estas missões são ligeiramente superiores às que encontrámos na primeira expansão, e o novo Strike é também bastante sólido, mas esperávamos mais.

House of Wolves também acrescenta algumas mapas ao modo PvP - três nas plataformas Xbox, quatro na PlayStation. Não são arenas muito grandes, provavelmente porque o foco da expansão está todo concentrado em grupos pequenos, mas gostámos de todos. É possível que muitos jogadores ignorem esta componente da expansão, mas quem costuma frequentar o Crucible vai apreciar as novidades.

As mudanças no sistema de recompensas para o PvP eram há muito requisitadas, e a expansão veio concretizar esse desejo, melhorando o tipo de recompensas que podem recolher. Isto vem também acelerar o processo de evolução dos jogadores, mas fica ao vosso critério se isso é uma boa ou má mudança. Sabemos que existem muitas opiniões divergentes entre a comunidade.

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Considerando o pacote como um todo, existem muitos pontos positivos a retirar de House of Wolves. A Bungie diversificou a experiência dos jogadores de nível máximo e abordou as vertentes PvE e PvP. Se todas as introduções são de alta qualidade? Não, não são. Trials of Osiris é fantástico, os mapas para o PvP são bem vindos, o sistema de espólios foi melhorado e Prison of Elders é uma distração apreciável. Quanto ao novo centro para os jogadores, serve para lavar um pouco a vista, mas é uma mera mudança de cenário - na prática tudo se mantém. A grande desilusão da expansão está no conteúdo de história, que é repetitivo e sem imaginação.

A expansão é um misto de emoções, sobretudo porque nos parece demasiado caro. Em muitos aspetos é um passo na direção certa, mas deve exigir-se mais e melhor à Bungie. House of Wolves é superior a The Dark Below, mas ainda há muito por onde melhorar e esperamos que a próxima expansão corrija algumas das falhas. Quanto à experiência como um todo, Destiny mantém-se nas fileiras da frente para os FPS modernos, e House of Wolves vem dar mais tempo à Bungie para aperfeiçoar ainda mais a fórmula e o conteúdo. Destiny é um jogo melhor com a nova expansão, mas não muito melhor.

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08 Gamereactor Portugal
8 / 10
+
Novos modos são sólidos. Sistema de espólios melhorado. PvP reforçado. Maior foco no conteúdo para três jogadores.
-
Missões de história desapontantes. Pedia-se mais conteúdo.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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