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Destiny 2: Beyond Light

Destiny 2: Beyond Light - Análise

Depois de várias semanas de jogabilidade, estamos prontos para a derradeira análise.

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Alguns dias depois do lançamento de Destiny 2: Beyond Light, publicámos uma pré-análise com as nossas impressões, de forma a reservarmos mais tempo para a derradeira análise. Pois bem, depois de várias semanas com a expansão, sentimos que temos então o conhecimento necessário para classificar Beyond Light, sabendo que, tal como todos os outros jogos do género, há mais conteúdo, novidades, e mudanças pela frente.

Mas, antes de avançarmos para a expansão propriamente dita, permita-nos desabafar algo, e ao mesmo tempo avisá-lo de algo que é uma falha geral de Destiny 2, que se mantém em Beyond Light. Como é habitual, existe conteúdo bloqueado por níveis, e se não tiver o nível necessário, vai acabar por repetir conteúdo antigo para receber os itens necessários para continuar em Beyond Light. Ora, isto está longe de ser uma iniciativa interessante, e parece-nos ser uma falha de design por parte da Bungie, que continua a persistir expansão após expansão.

Felizmente o conteúdo novo é bastante bom, e no fim das contas, é isso que mais importa.

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Uma das novidades da expansão é a introdução do Stasis e das sub-classes correspondentes para cada Guardião. São classes desenhadas mais em torno de habilidades de controlo e suporte, do que propriamente dano puro, mas mais importante que isso, são bastante divertidas. Cada sub-classe distingue-se e mantém-se fiel aos princípios da sua classe principal, apresentando mecânicas e um estilo de jogo distinto de tudo o que vimos até aqui. Muitas destas habilidades giram em torno de gelo e da capacidade para congelar e quebrar inimigos. Também apreciamos o maior grau de liberdade em termos de como o jogador pode evoluir e personalizar a sua classe de Stasis.

Destiny 2: Beyond Light

Em relação a Europa, já partilhámos as nossas impressões na pré-análise, mas podemos acrescentar que é uma área muito bem conseguida por parte da Bungie, a lembrar-nos algo como Tangled Shore e Dreaming City, no sentido em que parece haver sempre algo para ver ou fazer, e nós adoramos esse incentivo à exploração.

Uma das maiores motivações para qualquer Guardião passa pela procura de armas e armadura mais poderosas, e Beyond Light cumpre esse requisito com distinção. Os itens exóticos são excelentes, e distinguem-se de forma óbvia dos restantes itens banais. Melhor ainda, independentemente do tipo de conteúdo que decidir seguir, vai sempre ter acesso a itens valiosos, embora 'sorte aos dados' continue a ser um elemento essencial para a maioria.

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Beyond Light traz também várias atividades novas. Pode participar em novos eventos públicos, tentar os desafios Exo, participar no novo Strike, ou seguir as linhas de missões exóticas, por exemplo. Mas o destaque é o novo raid, Deep Stone Crypt, um dos melhores de Destiny 2 em termos de design. É um raid que cumpre com tudo o que um bom raid deve ser: é desafiante sem ser injusto, acrescenta valor à história, tem excelentes recompensas, e o design geral e dos bosses é imaginativo. O facto de no fim existir uma certa liberdade de escolha no loot, ajuda a tornar a experiência - e a sua repetição - ainda mais satisfatória.

Neste momento pode também participar na nova temporada, Season of the Hunt, o que tecnicamente é independente da expansão, embora em termos práticos seja essencial para a experiência geral de Beyond Light. Em Season of the Hunt a Tangled Shore está sob assalto dos Wrathborn, um grupo de inimigos consumidos por uma estranha essência. Para os ultrapassar terá de trabalhar em conjunto com uma cara familiar, Uldren Soy, que agora é apelidado de The Crow. Estas iniciativas não são particularmente interessantes, mas podem ser terminadas em poucos minutos, e são uma desculpa para sair um pouco de Europa, se quiser variar o cenário.

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Embora não seja específico de Beyond Light, permita-nos também realçar a chegada das versões PS5 e Xbox Series X|S, cuja transição será gratuita para quem já tiver as versões PS4 ou Xbox One. Estas versões apresentam melhoramentos consideráveis, como a possibilidade de jogar Destiny 2 a 60 frames por segundo (uma estreia nas consolas), e loadings consideravelmente mais rápidos (um dos grandes problemas do jogo em PS4 e Xbox One). Na PS5 e na Xbox Series X, Destiny 2 corre com uma resolução dinâmica de 4K, enquanto que a versão Xbox Series S se fica pelos 1080p, embora corra também a 60 frames por segundo. Ou seja, Destiny 2 é um jogo bem mais agradável nas consolas de nova geração - e crossplay será introduzido em 2021.

O facto de ainda ser praticamente obrigatório repetir conteúdo antigo para melhorarmos o nível da personagem, é desapontante, mas tirando isso temos poucas queixas em relação a Beyond Light e ao estado geral de Destiny 2 como jogo. Seja um novo jogador interessado, ou um veterano que está a pensar regressar, nunca houve melhor altura para o fazer, sobretudo nas novas consolas. E se é cliente habitual de Destiny 2, bem, o mais provável é que já tenha a expansão, o que significa que nada disto é relevante para si. Desde que mantenha as expetativas realistas, e não espere uma revolução ou uma evolução muito significativa, acreditamos que irá apreciar as suas aventuras em Beyond Light.

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08 Gamereactor Portugal
8 / 10
+
Stasis é fantástico. Europa tem algo entusiasmante a cada canto. Nova atividades significa que há sempre algo para fazer. Exóticos são tão entusiasmantes quanto esperávamos.
-
Continua a ser necessário repetir conteúdo antigo para acedermos ao conteúdo de alto nível.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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