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Warhammer: End Times - Vermintide

Warhammer: The End Times - Vermintide

Análise exclusiva a uma das surpresas do ano.

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Warhammer: The End Times - Vermintide é a abordagem da Fatshark à lenda dos Skaven, um povo mutante de ratos que tenta invadir o reino humano e conquistar o mundo, a começar pela cidade de Ubersreik. A ação passa-se na primeira pessoa e funciona à base de uma experiência cooperativa - imaginem Left 4 Dead, mas gótico. Cinco corajosos heróis é tudo o que resta das defesas da cidade, que terão de cumprir missões perigosas se quiserem evitar a invasão dos ratos.

A vossa base de operações será o Red Moon Inn, onde podem organizar o grupo, escolher missões, organizar o inventário, recarregar munições e construir ou melhorar armas. Depois só têm de partir para o campo de batalha, seja como hospedeiro de um jogo, ou juntando a um grupo formado. Se optarem pela segunda opção, é possível que acabem a substituir uma personagem controlada pela inteligência artificial, que pode estar gravemente ferida ou até morta, se tiverem azar.

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Quando o jogo arranca só podem escolher entre um número limitado de missões, e apenas quando as terminarem vão desbloquear o ato seguinte com mais missões. Por vezes terão de percorrer vários distritos até chegarem ao destino da missão, o que permite apreciar a variedade e a qualidade dos cenários. Também existem missões específicas de eventos, que são bastante divertidas, e que promovem um desafio interessante nas dificuldades acima de "normal". Por regra são missões que obrigam a uma função específica numa única grande área, como recolher sacos de comida ou barris de pólvora, por exemplo. Hordas inteiras de mutantes vão tentar atacar-vos, e 'apenas' têm de resistir às suas investidas.

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A atmosfera em Ubersreik é fenomenal. É um ambiente pesado, que cobre toda a cidade como um cobertor de intensa escuridão. A arquitetura gótica e a ausência de fontes de iluminação de qualidade, com exceção de algumas tochas e pequenos fogos, são perfeitos para a criação deste ambiente opressivo. Os edifícios e os túneis subterrâneos que os inimigos escavaram estão preenchidos com corredores e
e antecâmaras. Existe muito para descobrir e colecionar pelo caminho, mas as forças inimigas tendem a pressionar os jogadores a seguirem para objetivo. Isso significa que têm ainda muitas coisas para descobrir quando repetirem os mesmos níveis. Se gostam de apanhar colecionáveis e dominar vários graus de dificuldade, vão encontrar muito valor de repetição em Vermintide.

A colaboração dos jogadores é um dos pontos cruciais de toda a experiência, o que pode ser um problema quando estão a jogar numa equipa de estranhos. Caso se separem do grupo, porque foram deixados para trás, ou por vossa própria iniciativa, é provável que eventualmente sejam dominados por um dos inimigos mais poderosos. Aí, só os vossos colegas vos podem salvar, e se tiverem o azar de estarem muito longe ou noutro piso, podem dizer adeus à vida.

Precisam de lutar em conjunto para avançarem realmente em Vermintide. Uma boa surpresa é o facto dos Bots (personagens controladas pela inteligência artificial quando não existem jogadores suficientes) serem bastante competentes, sobretudo em comparação com a beta. O seu comportamento é eficaz, mas também mais 'humano', e a sua disponibilidade para salvar o jogador é maior. Sim, ainda podem ficar um pouco para trás, e podem ser apanhados em situações difíceis, mas na ausência de jogadores, os Bots são uma alternativa válida.

Os controlos na primeira pessoa respondem bastante bem, mas reparámos que por vezes é fácil ficar preso em objetos menores, que deveriam ser facilmente evitados. Quando estão a ser perseguidos por uma horda de ratos mutantes e ficam presos entre duas colunas que deveriam ser fáceis de ultrapassar, torna-se obviamente frustrante. Também reparámos em alguns momentos de Lag, mas não sabemos se o problema estava nos servidores, ou se irá persistir. De qualquer forma nunca foi nada com grande impacto.

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Olhando para Vermintide numa perspetiva técnica, não podemos ficar totalmente satisfeitos. Existe alguma inconsistência, com áreas e objetos altamente detalhados, junto a rochas e outros pormenores de fraca qualidade. Vermintide é um jogo admirável visto numa perspetiva gráfica geral, mas peca ao nível de alguns pormenores. Determinados inimigos também parecem ter sido menos trabalhados que outros, sobretudo em grupos. São algumas desilusões gráficas, mas o jogo tem normalmente um aspeto impressionante. Em grande parte isso deve-se a um trabalho fenomenal da iluminação, responsável pela criação de uma atmosfera sombria.

As tropas Skaven são formadas por vários tipos de unidades, que juntas formam um adversário de respeito. A variedade do tipo de oponentes que vão enfrentar implica um reajustamento constante das táticas, e uma jogabilidade dinâmica. Terão de variar entre combate de curto alcance, e ataques à distância, e serão por vezes apanhados de surpresa, com várias emboscadas dos Skaven. Por vezes ajuda prestar atenção aos sons dos de Ubersreik. Existem vários tipos de ratos mutantes, e cada mutação tende a praticar um som específicos, que vos pode ajudar a identificar o inimigo rapidamente. A banda sonora também merece uma menção honrosa, perfeita para o tipo de ambiente opressivo que o jogo impõe.

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Um dos elementos mais impressionantes da jogabilidade são as personagens jogáveis e as suas várias características distintas. Cada herói tem o seu próprio estilo visual e armas especialmente desenhadas para si. Ao início não terão acesso a todas elas, mas vão recebê-las conforme evoluem e sobem de nível. Com todos os melhoramentos disponível, existem mais de 8000 variações de armas no jogo. Isto implica que a mesma personagem não significa necessariamente a mesma experiência para todos os jogadores.

Nem tudo é perfeito em Vermintide, mas o jogo simplesmente conquistou-nos. A ação é soberba, e adorámos a sensação de correr através de edifícios sombrios e túneis subterrãneos enquanto éramos perseguidos pelos Skaven. O jogo tem um ritmo intenso, e durante as várias horas que passámos na cidade de Ubersreik, nunca nos aborrecemos. É o tipo de jogo que implora "só mais um nível", que na verdade se tornam mais três, quatro ou cinco. Agora com licença, que temos de lidar com uma horda de ratos mutantes.

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09 Gamereactor Portugal
9 / 10
+
Excelentes mecânicas de jogo. Design soberbo. Ritmo impecável. Atmosfera rica.
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Encontrámos ligeiros problemas técnicos e gráficos.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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